terça-feira, 13 de maio de 2014

Hoje foi realizado mais uma encontro mensal do HIPERDIA PSF CENTRO II, com a presença cada vez mais crescente da comunidade. O tema da palestra foi "Memória Humana: funcionamento e influência no nosso dia a dia" conduzida por Eliane Chaves Cysneiros, Psicóloga Nasf Centro, Município de Abreu e Lima - PE






Dia 7 de maio, atividade de HIPERDIA no PSF TIMBÓ, palestra sobre "Aspectos psicológicos e psiquiátricos do diabetes" por Eliane Chaves
Cysneiros, Psicóloga NASF CENTRO. ABREU E LIMA (PE).
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terça-feira, 29 de maio de 2012

"Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira". Goete

       Sob o tema "Na Plenitude da Felicidade, cada dia é uma Vida Inteira" (GOETE), foi desenvolvida a palestra bimestral que ocorre no USF de TIMBÓ no município de Abreu e Lima, no último dia 09 de maio. Com o intuito sempre de motivar a reflexão acerca de uma melhor qualidade de vida na terceira idade, além do firme propósito de elevar sua auto estima, o tema foi explorado de forma simples e interativa, foram utilizados videos e imagens com recursos audiovisuais. Os participantes que constituem o grupo de hipertensos e diabéticos, em sua maioria idosos, periodicamente, passam por avaliação clínica pela Equipe de Saúde da Família da USF TIMBÓ. Durante esses momentos de palestra, dedicadas exclusivamente a eles, é consolidado um espaço de discussões sobre as diversas situações do cotidiano que eles enfrentam, surgem sugestões de temas que gostariam de abordar para esclarecimento de dúvidas, ou seja, é um espaço de inclusão do idoso, onde eles podem expressar-se quanto aos temas mais atuais e diversos, onde eles se sentem participativos e pró-ativos no meio em que vivem, tendo a oportunidade de resgatar o seu valor como ser humano dentro da própria família, assim como na sociedade.  











                            Eliane Chaves Cysneiros - Psicóloga NASF (ABREU E LIMA)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sub valorização do profissional de Saúde Publica

         Quando o profissional da Atenção Básica - o que ocorre com frequência em diversos municípios - tem seu valor diminuído, é negligenciado através de gestões municipais desinformadas, desinteressadas e distanciadas da correta aplicabilidade dos programas voltados para a Saúde Pública, graves consequência podem ser observadas. 
       A Atenção Básica como novo paradigma de atenção em saúde, tem seu objeto de trabalho diferenciado pela atuação direta com a comunidade com estabelecimento de vínculos, produção de acolhimento e responsabilização, ferramentas de ação no seu processo de trabalho no cotidiano. Desta forma, quando ocorre a desvalorização desse profissional, concernente a por exemplo: falta de uma remuneração digna ou este ser desviado de suas funções ou ter que acumular funções ou ter que trabalhar em sub condições para sua prática tudo sob condição imperativa da permanência no seu posto de trabalho, cai por terra qualquer motivação que esse profissional possa ter, sua auto estima fica destruída o que compromete profundamente aquelas ferramentas de ação (estabelecimento de vínculos, produção de acolhimento e responsabilização) restando apenas o mal-estar e a  insatisfação, elementos que transbordam, involuntariamente, através dos contados com a comunidade e pondo em risco a relação de cuidado.
         

domingo, 13 de maio de 2012

O início da minha história no NASF

        Formada em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda - FACHO, onde concluí a graduação em 1989, iniciei minha primeira experiência em saúde pública como psicóloga na Secretaria Municipal de Saúde do Município de Abreu e Lima. Ao iniciar o meu trabalho fui lotada no NASF CENTRO no ano de 2008, quando da implantação do programa no município.
Logo no início das minhas atividades profissionais na Secretaria de Saúde do município pude constatar que se tratava de um novo, mas instigante desafio para mim. Como acontece, com muitos profissionais de psicologia na área da saúde, fui designada para desenvolver meu trabalho em uma das três equipes do NASF do município. Inicialmente a equipe consistia de cinco profissionais: uma Nutricionista, uma Fonoaudióloga, um Farmacêutico, uma Terapeuta Ocupacional que logo em seguida, viria a ser substituída por uma Fisioterapeuta, e uma Psicóloga - Eu. Iniciamos nossas atividades por conhecer as posições geográficas das Unidades de Saúde, assim como as equipes de profissionais com os quais trabalharíamos.
Na prática cotidiana, com as confrontações e dilemas vivenciados na Unidade de Saúde, ao iniciar minhas funções, ainda acreditava ser possível desenvolver atividades clínicas sem outras implicações numa instituição de caráter médico-sanitário, como o são os Centros de Saúde – ingenuidade de iniciante de uma prática ainda recém-nascida – o NASF. Porém, nada mais desestabilizador do que as incongruências e impasses surgidos do próprio trabalho. Como era de se esperar, em pouco tempo, eu havia sentido os efeitos do que se convencionou chamar de ambulatorização, compreendendo ambulatorização como a prática clínica tradicional da psicologia caracterizada ao realizar consultas em consultório; havia em mim a tendência hegemônica de atuação do psicólogo, centrado no caráter privatista e individualizante de atendimento. 
Longe da aproximação de uma construção da estruturação do saber-fazer do NASF junto a Atenção Básica, procurei no âmbito local questionar o que vinha acontecendo, buscando maior implicação com o trabalho que desenvolvia e tentando romper com um padrão de ações que julgava ser contraproducente. Em muitos momentos vivencio a angústia de estar repetindo um modelo tradicional de assistência, contrário ao modelo implantado pelo SUS objetivando ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, através do NASF.
Foi então que decidi buscar modos concretos de operacionalizar minha prática profissional, para isto, fui à busca de informações a cerca do NASF e posteriormente o conhecimento mais abrangente e técnico através de um curso de Especialização em Saúde Mental com Enfoque na Atenção Básica, realizado na Faculdade Fassinetti do Recife – FAFIRE, no ano de 2009.
Os conhecimentos adquiridos e as discussões ampliadas para a esfera da saúde pública e um outro olhar possibilitado pela problematização quanto a esta nova práxis e ações de saúde no nível da Atenção Básica – suscitaram o meu desejo e a necessidade em aprofundar-me nesse debate.
No percurso trilhado até aqui no cotidiano de trabalho e ao longo do Curso de Especialização tive  a chance de amadurecer a idéia de que é preciso integrar os dispositivos de cuidado em saúde da Atenção Básica – ESF e NASF - tendo em vista o contexto das novas políticas de saúde mental no Brasil - como espaços legítimos de acolhimento, atendimento compartilhado, interdisciplinar, marcado pela troca de saberes entre os profissionais envolvidos capazes de contribuir para o processo de inversão do modelo assistencial e de reestruturação da rede de atenção em saúde mental. 
A prática psi desenvolvida nas unidades de saúde, local de atuação onde acaba por se deparar com uma infinidade de impasses, mas também com um universo de possibilidades de ação junto à comunidade bastante rico quando explorado.
Meu propósito consiste em divulgar como se dá o processo de trabalho do psicólogo do NASF, como são os modos de cuidado e a escuta oferecida em corresponsabilidade com os profissionais da ESF, as necessidades que emergem como problemas quanto à construção do saber/fazer compartilhado – concerne exatamente ao trabalho de analisar esta modalidade de atenção e de cuidado disponibilizados pela rede de atenção básica no município de Abreu e Lima. 








Reflexão

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".

Carlos Drummond de Andrade